segunda-feira, 4 de abril de 2011

REPOUSO MERECIDO


C.Cabral

1- O amigo Antonio Fernandes de Oliveira, ultimamente só fala em repouso e, como não consigo ver esse danado de repouso, enfrentei essa parada, com certa habilidade, para não feri-lo, fiz um certo cerco ao caboclo, entrando nas suas moitas para encontrar essa estrada que o leva para ao local tão desejado. Nesses casos, a gente não deve ir ao pote com muita sede pra não se engasgar e jogar a água fora – é o segredo secretíssimo. Se o assunto fosse a respeito de Botija, eu saberia como entrar e sair sem me arranhar e de bolso cheio. Mas, o assunto Repouso de Antonio, tem outras conotações, com envolvimentos perigosos.

2- Minha primeira tentativa, foi aceitando um convite para irmos a Carpina, aqui próximo do Recife, cuja cidade me deixou emocionado, devido se parecer muito com a minha Campina Grande dos anos 50, com aquela calma, povo alegre, até com cadeiras nas calçadas, para aquele papo sem futuro. Pensei, será que esse papo gostoso é o tão falado Repouso? Não! Seria andar pela feira, comprando bananas e laranjas, com precinho Zearaujo? Não. Que diabo de repouso é esse?

3- Falei com o vizinho de Antonio, reservadamente, e o velho Zuza sorriu e querendo entender, também essa história, disse-me: cuidado, não cutuque o Diabo com vara curta. O Tonho dizendo uma coisa nesta cidade, até o vigário da Diocese confirma na Igreja. O velho Zuza confessou que o Antonio é um santo do pau oco e merece todo respeito. Então, seu moço, vá devagar, devagarzinho pra não espantar os santos.

4- Atendendo aos conselhos do velho Zuza, enquanto o Antonio preparava o almoço – jaca, banana e laranja, sai pesquisando os cômodos da sua belíssima residência e, me dei conta do local que tanto procurava. Eis, aqui senhores curiosos, a placa pendurada, escrita em português: FIQUEM TRANQUILOS, É AQUI, O REPOUSO DOS BURROS, SEJAM BEM-VINDOS, ESTA É A SUA CASA, DESCANSEM EM PAZ, COMAM A GRAMA SINTÉTICA E DURMAM COM OS ANJOS. Tão vendo, companheiros, seu Zuza tinha razão, isto é mesmo o REPOUSO DO GUERREIRO – O BURRO ENTERRADO NUMA GARAGE, que ainda é mal-assombrado. 4/04/2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

FINAL DOS TEMPOS


Clovis Cabral

1 - Sinal dos tempos ou final dos tempos, como diziam os mais velhos! Pra mim, que também carrego nas costas a carga do tempo, já que sou da segunda guerra mundial 1939/1945, tomando conhecimento dos grandes desastres da humanidade. Fim da guerra mundial em 1945, com quase todos os países destruídos por tamanha brutalidade do bicho homem, que é o mais inteligente, mais culto, mais poderoso ou o mais presunçoso. Mas, continuo naquela mesma história; NA GUERRA TODOS PERDEM...

2 - Partindo pela última guerra mundial, iniciada pela Alemanha, envolvendo toda Europa, Ásia, África, América, com perdas insubstituíveis, se usando até a bomba atômica, matando milhões de pessoas inocentes, no Japão.

3 – Vejam só, com essa mesma força atômica, os países líderes, estão ensaiando novas guerras, mas alegando que tudo é para fins pacíficos. O Irã, por exemplo, não abre mão de preparar o seu arsenal atômico, sem dizer que é uma programação de guerra nuclear. Na lista dos países armados, sem falar no campeão – Estados Unidos, com a sua experiência de artefatos atômicos na guerra de 45, arrasando o Japão, temos ainda a Inglaterra, França, Rússia, China, Canadá, Índia,Itália, Israel e outros escondidos, com caras de santos do pau oco. Fora os Países Guerreiros, muitos estão desenvolvendo os seus programas de energia nuclear, realmente para os fins pacíficos, com toda seriedade, como no caso do Brasil.

4 - No ritmo do poder, alguns países da África e Oriente Médio, devido a exploração do petróleo se tornaram ricos, mas, continuam pobres politicamente, com os seus dirigentes no poder, sem admitirem a alternância de Governo, como se fossem donatários de todos os países, à moldes de tribos de seus antepassados.

5 - A população desses países cresce, seus conhecimentos melhoram, enfim, a sua situação econômica e cultural desenvolvem e, não aceitam mais Governos sem mudança e partem para uma oposição, gerando-se as lutas pela retomada dos poderes que estão nas mãos de Ditadores e suas famílias, como donos dos países. Tudo tem o seu tempo e estamos assistindo as mudanças, na Tunísia, no Egito, na Líbia, no Iêmen, no Barein, parecendo um Tsunami, arrasando tudo, para que outros grupos políticos troquem de posição, assumindo o comando desses países para, depois sofrerem no futuro, o mesmo processo de troca do poder.

6 - Esperamos que esses países troquem essa moeda Petróleo, pela moeda Futebol, como faz o Brasil, comprando vários times de nosso futebol, colocando os nomes sugestivos de seus partidos políticos ou, peçam um licenciamento para o uso dos nomes do FLUMINENSE, FLAMENGO, SPORT, SANTA CRUZ, NÁUTICO, CORINTHIAS, SÃO PAULO E INERNACIONAL.30/03/2011

segunda-feira, 28 de março de 2011

REVENDO MARICOTA


Clovis Cabral

Que saudade; o tempo não apagou de nossa lembrança, a famosa Maricota, onde Antonio F. de Oliveira frequentava nos fins de semana, viajando para Mamanguape, na Paraíba. O companheiro, parou o seu automóvel e soluçou, dizendo: “Clovis, me desculpe, mas tenho que parar antes de me dirigir para Itamaracá e, lhe confessar o grande amor que tinha – Maricota, que não sai de minha cabeça, depois de cinquenta anos.” É, o meu amigo só não fez chorar, encabulado que estava, mas olhou para o céu implorando que tudo voltasse no tempo e ela aparecesse para que ele provasse o seu amor.

Fiquei um tanto confuso, pois estávamos em Abreu e Lima, cuja cidade estou acostumado passar quando vou a Campina Grande. Mas, o Antonio continuava a procurar um determinado lugar, uma certa rua. Então, desconfiei que o amigo estava delirando e tratei de falar sobre coisas diferentes tirando-o daquele passado, mas sem conseguir, pois ele estava tremendamente apaixonado pela sua Maricota, fazendo a sua descrição com palavras amorosas, faltando para completar o passado, até ensaiou uma poesia de matuto, entoando também, uma música de Jackson do Pandeiro, que fazia parte das festas de fim do ano, nas danças de arrasta o pé.

Não aguentando mais a choradeira, me preparei com muito cuidado para, finalmente, continuarmos a nossa viagem, indagando: quer dizer que a Maricota, foi na verdade, o amor de sua vida?

- Ah, meu amigo Clovis, parece que você continua lavando burros no Açude Velho de Campina Grande? MARICOTA, era o nome dessa cidade e eu não sei porque este nome, que nem o Google sabe informar. Mas, aqui pra nós, muitas Maricotas existiam mesmo por essas bandas, pulando num pé só, feito umas guaribas.

Vamos deixar Maricota e comer agulhas fritas sem espinhas em Itamaracá e trazer as cabeças pra Wilson Soares morrer de inveja. So long. 28/03/2011

domingo, 13 de março de 2011

GRUPO G8 REDUZ

Clovis Cabral

Realmente, o G 8, dos componentes de Economistas da UFPE, de 1963, que compõem a Turma Pres. Kennedy, está se reduzindo. Falecendo o seu Paraninfo, John Kennedy, Juscelino Kubistchek, Patrono, bem como os colegas Wilson Gomes, Ivancir de Castro e, recentemente com a morte de José Matheus Filho, restam 5 componentes: Orlando Coelho, Ricardo Essinger Clovis Cabral, Nericinor Ferreira e Rodolfo Moreira. É óbvio, que não estamos falando do Grupo dos 8 países mais ricos do mundo, que são: Estados Unidos; Japão; Alemanha; França; Reino Unido; Canadá; Itália e Rússia

Uma representação da Turma de Economia da UFPE-1963, foi convidada e durante 36 dias visitou todo país(EUA), conhecendo as suas Instituições e, o Embaixador dos Estados Unidos, Dr. Lincoln Gordon, falecido o ano passado, esteve na Colação de Grau, representando o Pres. John Kennedy, no Clube Internacional do Recife, no ano de 1964.

Contrariamente ao famoso G8 dos países mais ricos do mundo, o nosso G8, foi também, na história, um grupo forte, pois enfrentou a situação dos esquerdistas que tentavam dominar os estudantes que não concordassem com a sua posição ideológica, colocando-os em listas para execução sumária, com a possível tomada do poder com a implantação da ditadura comunista. O nosso grupo não aceitou nenhum comando e, dividiu a turma, abrindo-se o confronto direto dos comunistas contra os democratas e, por nossa felicidade, aconteceu o movimento militar que derrubou e Governo João Goulart, que estava aceitando toda a desorganização no país.

Com a tomada do poder pelos militares, tudo ficou calmo e os comunistas desapareceram em disparada, sabendo-se que até hoje, tem esquerdista escondido, perguntando: como é companheiro, podemos voltar?

Então, eu falo: volte companheiro, como José Américo de Almeida: VOLTAR É UMA FORMA DE RENASCER, NINGUÉM SE PERDE NA VOLTA. Lembre-se sempre de uma coisa, toda aquela confusão na Faculdade era de brincadeira e não foi a primeira nem será a última. Mas, aqui pra nós, no silêncio na noite, se os camaradófilos tivessem vencido, nós teríamos ido pro paredon, como era anunciado... 13/03/2011.

sexta-feira, 11 de março de 2011

CLO – VINHO


Clovis Cabral

Sim, senhor! Degustá-lo-emos sem perder esta oportunidade dos nobres ecólogos da terrinha de Santa Cruz – cruz credo. Fasta pra cá, que o cavalo é de ouro. Isto é um acontecimento para festejar as saídas dos Ditadores sanguinários do velho oriente, mamadores juramentados do Poder Político que não querem perder esta bocona tribal. Aqui pra nós, se você tivesse montado nesse camelo de ouro, na certa procuraria se esconder na barriga do bicho, feito capim esperando o tempo passar.

Mas, deixemos de conversa mole e vamos nos encontrar na casa do Barão de Ter Fé, acreditando na garrafa de vinho Tinto Chileno, que desconfio que o Harisson está trazendo é um vinho reconstituinte Silva Araujo, de João Pessoa, joia de recordação de sua Paraibinha querida e cantando o seu Hino “João Pessoa, João Pessoa, nunca me amaldiçoa.”

Então, o pelotão dos bebedores, metidos a arrochados, capitaneado pelo ecólogo Antonio Fernandes de Oliveira, Josué de Oliveira Lima e esposa Hilda( o anfitrião) Harrisson, o doador de vinho e o pobre Marquês de Tauá, Clovis Cabral, abridor de garrafa.

Assim, festejemos o encontro mentiral que, indicará um nome para a Academia de Letras de Boa Viagem, em homenagem ao seu primeiro Presidente Dr Ruy Carvalho, que nos deixou, indo para outras galáxias para se encontrar com os seus camaradas de partido, para o encontro triunfal com Marx, Lenine e outros sabidos comunitários. 11/03/2011